Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que ataca progressivamente a memória e outras funções mentais. Ela atinge principalmente as pessoas com mais de 60 anos e atualmente 1,2 milhões de brasileiros sofrem com esta patologia (1). Como ela é uma doença multifatorial, o tratamento inclui medicamentos, terapias não farmacológicas e alterações no ambiente de vida do paciente.
Considerando a característica multifatorial, existe até mesmo a possibilidade de que alternativas dietéticas sejam tentadas para prevenir ou estabilizar os sintomas da doença. Uma destas alternativas está relacionada com uma substância dietética chamada de colina. A colina é uma vitamina do complexo B (B8) e é considerada como essencial para o funcionamento do cérebro. Isso acontece pois ela é um dos componentes de um neurotransmissor chamado de acetilcolina, que permite a comunicação entre os neurônios. A maior parte da ingestão de colina deve ser feita através da
alimentação. Para isso é importante que a dieta tenha alimentos como fígado, ovo (gema),
carne vermelha e gordura animal.
A importância desta substância no combate ao Alzheimer recebeu um importante reforço em julho de 2024, quando foi publicado no Journal of Nutrition um trabalho chamado Association of Egg Intake With Alzheimer's Dementia Risk in
Older Adults: The Rush Memory and Aging Project (2).
Este estudo acompanhou por 6,7 anos 1.024 pacientes com média de 81 anos, dos quais 280 foram diagnosticados com Alzheimer. Através de questionários alimentares foi a avaliada a ingestão de ovos e consequente ingestão de colina. Os resultados demonstraram que da ingestão de mais de 1 ovo por semana pode reduzir o risco de Alzheimer em 47%. Além disso, foi descoberto que mais de 2 ovos por semana estava associado com um efeito protetor do cérebro, que a colina ingerida pela alimentação responsável por 39% deste efeito
protetor e que 1 ovo grande fornece 150 mg de colina, cobrindo 27% da
ingestão diária recomendada.
É importante ressaltar que este é um estudo observacional (para saber mais clique aqui) e por essa razão não pode demonstrar uma relação de causa e efeito entre a ingestão de colina e o efeito protetor contra o Alzheimer. Ele demonstra a existência de uma correlação (duas coisas que acontecem juntas), contudo ele reforça o fato de que a alimentação baseada em comida de verdade pode diminuir o risco desta patologia.
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Grande abraço,
Carlos Salerno Gonçalves
Fontes::
[2]. Pan Y, et al. 2024. Association of Egg Intake With Alzheimer's Dementia Risk in Older Adults: The Rush Memory and Aging Project.
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